Cristovam Buarque, educação e a internacionalização da Amazônia
Quem não conhece o texto do senador Cristovam Buarque sobre a internacionalização da Amazônia?
O texto circula há anos pela internet na forma de emails, apresentações de power point e mais recentemente, vídeos. Eu já vi a autoria do texto sendo contestada, mas é mesmo do Cristovam Buarque.
Cristovam discorre sobre a desigualdade na educação brasileira, onde ricos frequentam as melhores escolas e vão a faculdade enquanto pobres não terminam o ensino médio – aposto que ninguém sabia disso, mas na hora das responsabilidades dessa tragédia, é um Deus nos Acuda. O governo justifica deixar a escola para trás alegando que não haverá dinheiro para outras prioridades se investir em educação, a sociedade não cobra pois estudo não é valorizado em nossa cultura. Ao mesmo tempo, a população mais rica não se importa em brigar por esse direito, já que a educação de seus filhos já está garantida – e é apoiada com dinheiro público através de descontos no imposto de renda.
O programa bolsa-escola (criado pelo ex-presidente FHC) foi substituído pelo bolsa-família. Pagamento baixo de professores e escolas em estado precário também foram apontadas como culpadas na baixa qualidade do ensino público brasileiro. E, o que pode ser feito para melhorar a situação? O senador propõe a federalização do ensino de base no país para terminar com desigualdades provenientes da diferente renda dos municípios, mas seriam necessários 7 bilhões por ano para essa reforma (uau!!!) que contaria com a melhoria dos prédios, equipamentos e pagamento de salários decentes aos professores. Ao mesmo tempo, ele defende o uso de diferentes metodologias de ensino, do fortalecimento do ensino a distância e do fim do sistema de cotas quando houver um ensino de base fortalecido.
Educacionismo é colocar a educação como o vetor da construção da civilização. A ideia é simples, óbvia e refinadíssima. E, existe algum outro meio de realmente construir a civilização que não por educação?